Investimento e amor

Investimento e amor

Existe a opinião que um portefólio de investimento deve ser selecionado com base nos mesmos parâmetros que escolhemos um parceiro com quem ter uma relação amorosa. Isto é, não será bem-sucedido sem que antes defina o que procura, e qual a meta que pretende atingir.

Alguns peritos da área concordam com esta visão: tanto em investimentos como em relações, encontramos predominantemente três estratégias principais. Primeiro, acaba por selecionar uma delas, e posteriormente combina diferentes estratégias consoante a situação que tem em mãos.

As três principais estratégias são:

• Paixão (um portefólio de investimentos com riscos mas equilibrado)
• Proximidade (ativos protegidos)
• Passivos a longo prazo (investimentos a longo prazo em produtos de investimento)

1. Paixão. Esta estratégia, por exemplo, foi a escolhida por John Templeton. Começou a adquirir empréstimos em 1939 e a investi-los em 100 empresas que se encontravam no limiar da falência. Simultaneamente, não gastou mais do que cem dólares por quota. A estratégia revelou-se bastante profícua: todas estas empresas, exceto 4, foram vendidas por John Templeton a uma margem de lucro muito elevada. Manteve-se fiel a esta estratégia de investimento toda a sua vida e atingiu tanto sucesso que recebeu o título de cavalheiro pela Rainha Isabel II - um símbolo do mérito alcançado com os seus esforços financeiros e trabalhos filantrópicos.

2. Proximidade. Esta foi a estratégia escolhida por Philip Fisher. Os seus métodos e livros continuam a ser ativamente estudados por profissionais da área de investimentos. Philip Fisher dedicou-se ao campo de marketing de rede e empregou os seus extensos círculos de contactos para obter o máximo de informação que precisava sobre empresas em ascensão. Com isso, investiu naquelas onde observou um maior potencial de crescimento. Durante um longo período de tempo, teve na sua posse as ações, e agora é apelidado de "o pai das abordagens de comprar-e-manter ("buy and hold").

3. Passivos a longo prazo. Esta é, como é claro, a estratégia predileta de Warren Buffett. Pretendeu manter por tempo indefinido tudo aquilo que adquiria. Tinha a certeza: se é efetivamente a escolha mais acertada - nunca terá de abdicar da mesma. Estamos a falar de quotas, como é claro.

Qualquer uma destas estratégias pode revelar-se eficaz, em diferentes momentos e consoante as circunstâncias. Tudo depende do seu objetivo e do que espera alcançar quando começa a investir. Tal como ocorre em relações, deve sempre tomar em consideração aquilo que sente, mas não deve afastar a razão, seja em que situação for. Nos investimentos, ganha aquele que consegue ser paciente. E no amor, também 😊

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